Em algum momento da sua vida, você já participou de algum sorteio, já jogou um bingo, ou qualquer outra atividade que precisou ter números sorteados ou processos parecidos como este. E, ao participar desses processos, você já deve ter imaginado como é que funciona esse processo, não?
Dúvidas como um computador consegue criar números aleatórios ou como que a lógica consegue realizar esse processo já devem ter passado pela sua cabeça, principalmente quando você está acostumado a participar desse tipo de sorteio.
E você sabia que existem duas formas de conseguir que os números aleatórios sejam conseguidos?
Formas de Geração de Números Aleatórios
Pois é. A primeira forma de se conseguir os números aleatórios é através de um mecanismo que é utilizado para medir os fenômenos naturais completamente aleatórios. A radiação é um bom exemplo para isso. Ao pegar um contador Geiger, que serve para medir a radiação, é possível fazer a medição de um decaimento radioativo de algum material e, como esse processo se dá de forma aleatória, esse contador será capaz de fornecer números que sejam totalmente aleatórios também.
Você já deve imaginar que este processo não é nada simples. É por isso que diversos setores utilizam-se de outros meios para que possam obter números aleatórios. É possível que uma fórmula seja desenvolvida para que ela gere os números pseudoaleatórios. Isso quer dizer uma fórmula que gere números que, a princípio, são aleatórios, para aqueles que não têm a noção da lógica que a fórmula utilizou.
Para ser considerada uma boa fórmula, ela precisa ter as seguintes características:
- Não pode ter repetição – isso fará com que a sequência numérica não tenha nenhum número repetido;
- Não contar com a previsão – isso fará com que a seja impossível prever o próximo número que será sorteado. Só conseguirá realizar esse feito se ele descobrir ou souber a lógica da fórmula;
- Distribuição boa – se a sequência de números aleatórios a serem sorteados for de 0 a 100 números, os números de zeros deverão ser parecidos com os de uns e de dois, e assim por diante, até que chegue a cem, levando um longo período de tempo.
Há de se ressaltar que toda fórmula que gere números aleatórios precisa de uma semente inicial. Por semente, entenda número que será transformado pela fórmula em números aleatórios. Observe o exemplo abaixo:
número aleatório – 7 x semente mod(11).
O procedimento é bem simples, não se preocupe. Quando escolher um número, você irá multiplicar por 7 e encontrará o resto da divisão por 11 deste número. A função “mod” significa “resto da divisão por”. Com isso, você terá o resultado obtido sendo uma nova semente. Com o exemplo abaixo ficará mais claro:
A semente inicial sendo 2:
Número aleatório = 7 x 2 mod(11)
Número aleatório = 14 mod(11)
Número aleatório = 3
Como 14 dividido por 11 é igual a 1, o resto da divisão é 3. E é esse número que você quer.
Com essa equação, foi gerado um número aleatório (3), que surgiu a partir de uma semente (2).
Conforme você for mudando a semente, o resultado será diferente. E, resultado diferente, significa que a sequência será dada de forma aleatória.
Dependendo do tipo de lógica que for utilizada para construir uma determinada sequência de números aleatórios, você só precisa saber a fórmula e a semente inicial para que consiga obter toda a sequência gerada.
Empresas que devem estar atentas a essas informações. Imagina que uma empresa realiza sorteios entre os seus clientes, de forma aleatória. Só que, por nunca ganhar, um cliente resolve processar a empresa, dizendo que o processo está sendo realizado de forma tendenciosa, onde a empresa é capaz de escolher os números que irão ser sorteados. Nessa situação, é essencial que a empresa saiba demonstrar que os números são totalmente aleatórios, ou então, pseudoaleatórios.